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Estreou este mês na Netflix a 4.ª temporada (ou volume 4) de Love, Death & Robots, a série antológica de animação, em que cada episódio é uma curta história centrada numa ou várias das três premissas inscritas no título da série: amor, morte e robôs.
Se a primeira e a segunda temporada da série nos apresentaram histórias que sabiam a novo, com variedade, interesse e mensagens subliminares, com episódios mais cómicos, outros mais sérios, outros mais cyberpunk e abstractos… a verdade é que este volume 4 de Love, Death & Robots cai na mesma armadilha do volume 3, e que – na minha opinião – estraga a essência do que atraiu muita gente a Love, Death & Robots.
A série tem perdido muito do cariz humorístico que foi o forte de episódios icónicos da 1.ª temporada, que ainda hoje lembramos ao falar de Love, Death & Robots. Falo, por exemplo, do episódio do iogurte que tomou conta do mundo, ou dos três robôs e os gatos com polegares oponíveis… Tem também perdido enredos marcantes e que, embora curtos, eram fortes a nível narrativo, como Sonnie’s Edge.
A variedade de estilos e métodos de animação continua a ser uma ponto a favor de Love, Death & Robots, e sempre com algum grau de inovação, mas já se começa a notar algum “desgaste” na curadoria. Há episódios que partilham autores e histórias de temporadas anteriores. O que poderia, por um lado, ser visto como um ponto positivo por trazer de volta histórias passadas e dar-lhes continuidade, falha pois a maior parte destes não teve força narrativa ou empática com os personagens/universo que faz regressar, para que isso faça a diferença. É engraçado espicaçar a memória a tentar lembrar de que episódio se conhece aquele “cavalo-polvo” no Spider Grace, mas é apenas um easter-egg. Não funciona como funcionou o regressos dos três robôs num episódio do Volume 3 porque, com esses sim, tínhamos criado empatia. Também duvido que alguém tivesse muitas saudades dos “Mini Dead“, por muito que o episódio do Close Encounters of the Mini Kind nem tenha sido dos piores da temporada, e que o estilo de animação tenha o seu mérito.
“Se o objetivo do espectador é envolver-se com a narrativa, criar empatia e ver uma boa estória, esta é certamente a pior das temporadas para o fazer.” – Lia-se isto na crítica do nosso colega Miguel Mendonça ao Volume 3 de Love, Death & Robots. E poderia voltar a ler-se nesta.
Este 4.º volume partilha de um fenómeno que também já assolou o 3.º volume: demasiada violência e gore. Demasiado sangue. Demasiado foco no Death, e pouco no Love e nos Robots. Sem os ingredientes na proporção certa, falham assim a receita, que está inscrita no título da série. Episódios sem qualquer arco narrativo são outro fator negativo.
Nem outro gato com potencial de dominar o mundo, em aliança com o seu amigo robô com polegares oponíveis, salva esta temporada.
Fun fact: este é o Volume de Love, Death & Robots que apresenta a média de episódios mais curtos de sempre (média de 11,6 minutos por episódio – um minuto inteiro abaixo da média do volume 1). Para os curiosos, deixo as contas dos minutos médios por episódio, para cada volume:
Volume 1: 12,6 min
Volume 2: 13,1 min
Volume 3: 14,3 min (nem por isso foi melhor!)
Volume 4: 11,6 min
Melhor episódio:
Episódio 10 – For He Can Sleep – O único episódio da temporada que demonstra alguma relação afetiva entre duas personagens: o poeta e o seu gato. Não é de todo dos melhores episódios de Love, Death and Robots, mas ainda assim ganha destaque nesta temporada pela sua mistura de conceitos e significados alegóricos, mas sobretudo, por criar uma poeira de empatia com o espectador, coisa que nenhum dos outros episódios consegue.
Piores episódios:
Episódio 1 – Can’t Stop – Um episódio promocional a Red Hot Chilli Peppers, que efetivamente dá a sensação de não acabar, apesar de durar apenas 6 minutos… A banda e a multidão, convertidas em marionetas, num episódio que se resume a isto mesmo. Não sei se pela literalidade da mensagem, ou por ser reduzido à própria interpretação em concerto da música, a verdade é que não funcionou.
Episódio 9 – Smart Appliances, Stupid Owners – Juntamente com os “Mini Kind”, é o único episódio que tenta dar um fôlego à violência retratada nos episódios anteriores, com um cariz humorístico. Contudo, nem humorístico consegue ser. Aquele que podia ter sido um episódio bem conseguido, ficou só mal aproveitado, por mau argumento, com a maioria das afirmações “sarcásticas” dos aparelhos eletrónicos a nem sequer terem piada.
Melhor personagem:
Spider Rose (episódio 4) – Outra que escolho por também ter sido das poucas personagens com a qual conseguimos criar alguma empatia, e por também ainda ser dos episódios que mais se esforçam por contar uma história com princípio, meio e fim.
O conteúdo Love, Death & Robots – Crítica do Volume 4 aparece primeiro em Séries da TV.
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