Escrito por Tim Telling e dirigido pelo jovem Craig Roberts (O Pior Jogador de Golfe do Mundo), o longa acompanha dois controladores de roedores chamados a um café localizado em um parque para resolver um problema trivial. Mas, ao cair da noite, esquilos famintos por sangue atacam funcionários e visitantes do local.
Ella Purnell fará o papel de uma guarda florestal, que deverá usar suas habilidades especiais para sobreviver. O Screendaily especifica que a jovem de 27 anos substitui Olivia Cooke (House of The Dragon), que teve de deixar o projeto devido a conflitos de agenda.
Ao anunciar o elenco, o produtor James Scott disse em um comunicado à imprensa: “Fallout é a maior série do planeta no momento, e ter a atriz principal se juntando ao nosso filme do esquilo é incrivelmente emocionante para a equipe de produção e nossos parceiros de distribuição em todo o mundo.”
Zygi Kamasa, CEO da produtora True Brit, acrescenta: “Estamos muito satisfeitos em adicionar Ella ao nosso brilhante grupo de comediantes britânicos. Ela será fantástica lutando contra esquilos assassinos enlouquecidos.”
Return to Silent Hill, a nova incursão de Christophe Gans no universo de pesadelo retirado da série de videogames da Konami, revela um primeiro visual perturbador e nada saudável.
Christophe Gans, diretor de O Pacto dos Lobos, finalmente está de volta às câmeras com Return to Silent Hill. Dez longos anos depois de seu último filme, A Bela e a Fera, o cineasta concluiu as filmagens dessa nova adaptação da terrível saga de videogame.
O pôster mostra um dos personagens mais fascinantes e sombrios da franquia: Pyramid Head (Cabeça De Pirâmide). Criado pelo designer Masahiro Ito, este memorável antagonista apareceu pela primeira vez no jogo Silent Hill 2 em 2001 no Playstation 2. Christophe Gans já convocou esta figura demoníaca em sua obra de 2006 e pretende trazê-la de volta em seu novo filme.
Equipado com uma pirâmide de metal pesado como cabeça, ostentando pele lacerada e arrastando uma enorme espada atrás de si, o personagem parece ameaçador nesse primeiro visual. Imediatamente, os fãs do jogo reconhecerão a atmosfera assustadora da licença; Sendo Christophe Gans um grande aficionado por Silent Hill, podemos esperar um filme fiel ao espírito do game.
The “Silent Hill” film franchise continues with “Return to Silent Hill,” the latest adaptation of the hit horror anthology video game series. Variety has the first look at the famed monster Pyramid Head in the Christophe Gans-directed film. https://t.co/emiQJVtj8q
“A franquia de filmes Silent Hill continua com Return to Silent Hill, a mais recente adaptação da série de videogames de antologia de terror. A Variety tem a primeira imagem do famoso monstro Pyramid Head no filme dirigido por Christophe Gans.”
A criatura mais marcante da saga (com as sórdidas enfermeiras sem rosto) retornará, portanto, para atormentar o herói da história, James Sunderland, interpretado por Jeremy Irvine. Impulsionado pelas sombras de seu passado, ele retorna a Silent Hill para se reunir com seu amor perdido, Mary Crane (Hannah Emily Anderson). Mas a pequena, escura e opressiva cidade já não é o lugar das suas memórias.
Lá James conhece personagens que lhe parecem muito familiares e que tentam distraí-lo de sua busca por Mary. Quanto mais ele procura por Mary, mais ele começa a se perguntar se isso ainda é realidade – ou se ele caiu no submundo sombrio de Jacob Crane.
Dessa vez, Christophe Gans parece estar abordando com mais fidelidade a história do jogo Silent Hill 2, depois das liberdades tomadas na produção de 2006, que extraiu elementos dos diversos componentes do videogame.
Um Silent Hill moderno
TriStar Pictures
Terror em Silent Hill (2006)
“É um Silent Hill para o público de hoje e ao mesmo tempo ultra respeitoso com a saga, tenho consciência de que Silent Hill é uma franquia de videogame muito boa e uma obra de arte no nobre sentido do termo”, declarou o cineasta ao anunciar o projeto em junho de 2022.
“As pessoas que pensaram em Silent Hill colocaram muita coragem nisso. Para conhecê-los bem, eles são pessoas de extrema integridade. Para mim, foi importante projetar um Silent Hill em termos do público de hoje.”
Observe que Pyramid Head não é um “vilão” básico; no universo Silent Hill, ele é um monstro intimamente ligado a James Sunderland, aparecendo regularmente para atormentá-lo. Não vamos mencionar aqui a ligação entre o herói e a criatura para não estragar para quem não conhece o jogo.
Já os fãs da franquia poderão redescobrir Silent Hill 2 em um remake desenvolvido pela editora Konami. O jogo deve ser lançado ainda este ano no PlayStation 5. A licença inclui os oito principais, lançados entre 1999 e 2012.
Do lado do cinema, o filme de 2006 arrecadou 100 milhões de dólares em receitas mundiais com um orçamento de 50 milhões. Uma sequência foi lançada em 2012, Silent Hill: Revelação, que foi um amargo fracasso, tanto artístico quanto financeiro.
Para o novo longa de Christophe Gans teremos que esperar um pouco mais, nenhuma data de lançamento foi anunciada. Atualmente em fase de pós-produção, é provável que o filme seja lançado em algum momento de 2025, para coincidir com o retorno da saga aos consoles.
Prepare-se para uma nova jornada. A franquia de terror retornará ao cinema em 2025 com um spin-off liderado por Mandy Moore.
Pensávamos que Sobrenatural: A Porta Vermelha, lançado nos cinemas em 6 de julho de 2023, seria a última parte da saga de terror iniciada por James Wan em 2011, mas dado o sucesso desta quinta parte (o filme arrecadou 189 milhões de dólares na bilheteria internacional), a Sony anunciou um novo spin-off em maio de 2023 e hoje sabemos sua data de lançamento.
An Insidious Tale segue um casal que usa um feitiço para viajar no tempo a fim de evitar a morte de sua filha. As consequências estão obviamente longe das esperadas. A Sony acaba de anunciar que o filme da Blumhouse será lançado nos cinemas americanos em 29 de agosto de 2025.
Patrick Wilson, Rose Byrne e Ty Simpkins não devem estar envolvidos nesse filme que supostamente expandiria o universo Sobrenatural. A saga arrecadou 730 milhões de dólares em todo o mundo.
Blumhouse Productions
Sobrenatural: A Porta Vermelha
O Telefone Preto 2 está atrasado em quatro meses e será lançado nos cinemas para o Halloween, 17 de outubro de 2025 (em vez de 25 de junho), enquanto M3GAN 2 vai de 14 de maio a 27 de junho de 2025. O estúdio também anunciou o lançamento de Five Nights At Freddy’s 2 para 3 de dezembro de 2025.
Um desfecho originalmente sombrio tornou-se mais alegre após refilmagens.
Não é novidade para ninguém que as refilmagens são um processo natural na indústria cinematográfica. Seja por caprichos do diretor ou até mesmo por problemas mais sérios, diversas produções já passaram por este movimento, atrasando sua conclusão em diversos meses.
Em 2013, Guerra Mundial Z chegou aos cinemas lotado de prestígio. Nele, Brad Pitt, interpretou um homem que precisa salvar sua pátria, e também a família, de uma terrível pandemia zumbi, lutando contra os monstros comedores de cérebro para assim alcançar seu objetivo.
Apesar do sucesso do filme, o que muitos não sabem é que World War Z (no original) sofreu com alguns perrengues nos bastidores. Baseado no livro de Max Brooks, o final original era muito mais sombrio do que aquele que chegou aos cinemas – fato que rendeu à Paramount, produtora, milhões de dólares a menos.
Inicialmente, Guerra Mundial Z foi filmado com o desfecho nebuloso do livro. Nele, Gerry e sua parceira, Segen (Daniella Kertesz), chegam à Rússia e se juntam ao exército para enfrentar zumbis. O tempo passa e, quando chega o inverno, o protagonista lidera os soldados em diversas batalhas. Quando ele consegue entrar em contato com a esposa, Karen (Mireille Enos), descobre que ela se prostituiu para conseguir sobreviver. Sem querer perder sua família, ele então embarca em uma nova missão: descobrir o paradeiro de sua amada nos Estados Unidos.
Após gravarem o desfecho acima, a Paramount decidiu que precisaria entregar um fim mais feliz aos espectadores, solicitando a regravação de todo o ato. No fim das contas, as refilmagens custaram cerca de 25 milhões de dólares ao estúdio, fazendo com que o orçamento do filme alcançasse quase os 200 milhões.
Felizmente para a companhia, o longa tornou-se sucesso de público e crítica, angariando 540 milhões de dólares nas bilheterias.
Assassino por Acaso chega aos cinemas brasileiros no dia 12 de junho.
Prestes a estrear nas salas escuras nacionais, Assassino por Acaso é um dos grandes fenômenos do ano. O longa-metragem é dirigido por ninguém mais, ninguém menos, do que Richard Linklater, cineasta conhecido pelo aclamadíssimo Antes do Amanhecer (Before Sunrise).
Com uma pontuação quase perfeita no Rotten Tomatoes, Assassino por Acaso alcançou a aprovação de 97% da crítica – e 95% do público. As principais reações definem a obra como “um dos filmes mais puramente divertidos da carreira de Linklater”, sobrando elogios também para atuação de Glen Powell.
Para se ter ideia, o jornalista do jornal espanhol El Mundo, Luis Martínez, chamou o longa de “uma obra-prima tão clássica quanto moderna”, enaltecendo a atmosfera ácida criada pelo cineasta. O consenso é de que Assassino por Acaso é o melhor filme de Linklater na última década, entregue através de “um roteiro muito bem estruturado”.
Na trama, Gary Johnson é um homem comum que trabalha como professor de psicologia e filosofia de uma universidade. Sua vida pacata não permite grandes emoções, levando o rapaz a viver em uma eterna zona de conforto.
Por conta de seu conhecimento em tecnologia, nas horas vagas, ele também presta serviços para a polícia. Quando um dos agentes é suspenso por conta de agressões a adolescentes, Gary precisa assumir o seu lugar, passando a trabalhar disfarçado como Ron, um perigoso assassino de aluguel. Em um de seus casos, nosso protagonista acaba se apaixonando pela bela Madison, uma mulher que sofre com um marido abusivo.
Grande Sertão está em exibição nos cinemas brasileiros, nova adaptação do clássico de Guimarães Rosa.
Grande Sertão está em exibição nos cinemas brasileiros, adaptação de Guel Arraes (O Auto da Compadecida) para um dos maiores clássicos da literatura nacional, Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa. O AdoroCinema participou da coletiva de imprensa do filme, onde o diretor comentou sobre essa nova versão da obra nas telonas.
Escrito em colaboração com Jorge Furtado, Grande Sertão é uma releitura da obra de Guimarães Rosa e Guel Arraes explicou que isso surgiu pela intenção de ter algo a acrescentar na adaptação do livro, que ele considera “um negócio grande”.
“A gente achava que estava na hora de fazer um filme sobre a guerra urbana brasileira com mais pontos de vistas, diferente do que já virou quase o gênero do cinema brasileiro, um subgênero do favela movie”, conta Guel Arraes. “E a gente achava que tava na hora de fazer algo diferente nisso, diferente como ponto de vista, que a gente tinha que achar um jeito de ter ponto de vista de todos os participantes dessa guerra, inclusive dos bandidos”.
Uma das questões mais interessantes de Grande Sertão é que, por mais que a história seja reimaginada para um contexto urbano atual, essa adaptação resolveu manter o texto original de Guimarães Rosa. O diretor, responsável por O Auto da Compadecida, tinha preocupação de que isso ficasse estranho. “O mais comum, o mais prudente seria fazer uma coisa de época porque essa linguagem já passa melhor, você já sai do contemporâneo”.
Isso me tirou algumas noites de sono, né? Porque era dentro do contemporâneo de um universo onde você tá acostumado a ver de uma forma é hiper-realista, documental, do jornal. Então, eu falava ‘não vai dar certo, porque eu vou ver aquele cara falando Shakespeare numa parede de tijolos, vai ficar uma loucura’
Grande Sertão é uma comunidade controlada por facções criminosas onde uma luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra. Riobaldo (Caio Blat) entra para o crime por Diadorim (Luisa Arraes), cuja identidade e a paixão que sente são mistérios conflitantes em sua cabeça. A partir de então, em meio a um ambiente hostil de guerra, Riobaldo enfrenta dilemas éticos, morais e existenciais, enquanto busca entender seu lugar no mundo e também sua própria natureza.
Grande Sertão está em exibição nos cinemas brasileiros.
Obra-prima indispensável de Steven Spielberg está disponível no streaming.
Há 80 anos, em 6 de junho de 1944, aconteciam os desembarques na Normandia que consistiram nas operações do Dia D, no qual quase 160 mil tropas aliadas chegaram à região e pegou nazistas de surpresa – um ato decisivo no desfecho da Segunda Guerra Mundial.
Uma obra-prima de Steven Spielberg que retrata o período, O Resgate do Soldado Ryan é um daqueles filmes que todos que adoram cinema devem prestigiar. Lançado nos cinemas em 1998, o longa leva o espectador à praia de Omaha, enquanto as forças aliadas desembarcam.
Miller (Tom Hanks) deve liderar seu esquadrão atrás das linhas inimigas em uma missão particularmente perigosa: encontrar e devolver com segurança o soldado James Ryan (Matt Damon), cujos três irmãos morreram em combate no espaço de três dias. À medida que o esquadrão avança em território inimigo, os homens de Miller fazem perguntas a si próprios. Deveríamos arriscar a vida de oito homens para salvar apenas um?
“Eu não queria vir com minha equipe para glorificar o que aconteceu. Tentei permanecer verdadeiro e cru”, disse Steven Spielberg sobre o projeto. O cineasta americano opta assim pelo realismo total: câmera trêmula, perto de rostos pálidos e corpos desmembrados, som contínuo de metralhadoras… O resultado é impressionante.
1000 extras, 4 milhões de entradas e 5 Oscars
Paramount Pictures
Entre tantos momentos emblemáticos, O Resgate do Soldado Ryan é comumente lembrado pela cena extraordinária do desembarque na Praia de Omaha. Filmada com mais de 1000 figurantes, incluindo 250 soldados do exército irlandês, é simplesmente uma das maiores sequências do cinema. Um quarto de século depois, o impacto destes 20 minutos alucinantes ainda é forte.
Levado por uma trilha sonora original de John Williams, o filme é um monumento que literalmente tira o fôlego. Um enorme sucesso de público com mais de 4 milhões de entradas nos cinemas franceses, O Resgate do Soldado Ryan recebeu cinco estatuetas no Oscar, incluindo Melhor Diretor para Steven Spielberg e Melhor Fotografia para Janusz Kaminski.
Atualmente, O Resgate do Soldado Ryan pode ser visto no catálogo do Globoplay. Também pode ser acessado através de plataformas digitais de compra ou aluguel.
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Quase três décadas após o primeiro filme, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado volta ao cinema com duas estrelas do elenco original. O reboot está programado para ser lançado no verão americano de 2025.
Uma primeira tentativa de remake foi feita em 2021 com a série Eu Sei o que Vocês fizeram no Verão Passado, transmitida pelo Prime Video, mas foi cancelada após uma temporada.
Mandalay Entertainment
Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997)
A primeira parte arrecadou 125 milhões internacionalmente e lançou a carreira cinematográfica dos quatro atores. O filme se passa na noite de 4 de julho. Quatro amigos atropelam acidentalmente um estranho e decidem fazer o corpo desaparecer. No verão seguinte, eles enfrentam acontecimentos terríveis e percebem que alguém sabe o que fizeram no verão passado.
As plataformas se fundem em 26 de junho e os assinantes poderão desfrutar de um catálogo ainda mais completo.
A The Walt Disney Company Brasil promoveu um evento na última terça-feira (05 de junho), no icônico Copacabana Palace para celebrar a unificação de seus conteúdos em uma única plataforma de streaming: o Disney+.
Entre as produções anunciadas, destaca-se Amor da Minha Vida, na qual Bruna Marquezine não só protagonizou, como também co-dirigiu e produziu. Na trama, Bia (Bruna Marquezine) e Victor (Sérgio Malheiros) são melhores amigos e confidentes. Enquanto ele vive um relacionamento longo e tedioso, ela coleciona namoros curtos e duvida do amor verdadeiro.
“Poder estar envolvida em todo o 360 do projeto foi muito especial. Eu quero muito fazer mais disso, mas atuar é o que faz o meu coração bater muito mais forte.”, disse Bruna sobre a experiência como produtora e co-diretora em Amor da Minha Vida.
Divulgação / Disney+
Outra aguardada estreia é a 5ª temporada de Impuros, que chega ao Disney+ no dia 24 de julho. A série, a mais longeva produção nacional da Disney, já está confirmada para a 6ª temporada, conforme revelado em primeira mão pelo protagonista Raphael Logam em entrevista exclusiva ao AdoroCinema.
O evento também trouxe novidades sobre outras produções, como O Som e a Sílaba, Volta, Priscila, Americana, Jogo Cruzado, Tarãe Maria e o Cangaço. Isis Valverde, estrela do último projeto citado, destacou o desafio e a honra de interpretar Maria Bonita. “É sempre desafiador contar a história de uma pessoa que existiu. Eu vou tentar honrar a história dela.”, disse a atriz.
Para os fãs de thrillers sobre vingança, Vidas Bandidas vem aí, estrelada por Rodrigo Simas e Juliana Paes. A atriz descreveu a série como “uma história ágil, um thriller de ação em que os personagens acabam quase em uma brincadeira de gato e rato”.
A sinopse revela que a trama narra a história de Serginho (Rodrigo Simas) e Raimundo (Thomás Aquino), parceiros no crime que trabalham para a quadrilha de Bruna (Juliana Paes), assaltando turistas no Rio de Janeiro. Até que um assalto ambicioso que dá muito errado é o ponto de partida para muitos planos de vingança.
Divulgação / Disney+
Com diversas novidades, a unificação das plataformas promete trazer uma experiência ainda mais completa para os assinantes do Disney+ a partir do dia 26 de junho.
Arnold Schwarzenegger é um Grinch perfeito em Um Herói de Brinquedo, de 1996.
Em 1998, o tribunal de Los Angeles teve que lidar com uma questão espinhosa: o último filme de Arnold Schwarzenegger, Um Herói de Brinquedo, aparentemente foi plagiado de outro roteiro chamado Could This Be Christmas? E Bob Laurel, presidente da Murray Hill Publishing (ou seja, o acusador) não estava errado: o roteiro tinha o mesmo diálogo, enredo e até mesmo nomes de personagens. Tanto que o juiz chegou a considerar a Fox culpada e a obrigou a pagar 19 milhões de dólares.
Antes de receber o pagamento, Laurel morreu e a apelação, sem ele do outro lado, absolveu Fox, que só teve de pagar 1,5 milhão de dólares. E essa não é nem mesmo a parte mais obscura de Um Herói de Brinquedo.
A verdade é que Um Herói de Brinquedo foi um sucesso surpreendente, porque eles tiveram apenas meio ano para preparar a campanha promocional e mal tiveram tempo de montar qualquer coisa. No mínimo, os bonecos do Turbo Man encheram as prateleiras das lojas nos Estados Unidos, a ponto de algumas pessoas acusarem o filme de ser uma simples propaganda do suposto brinquedo de Natal. Na realidade, havia apenas 200 mil bonecos do Turbo Man que quase não foram vendidos: 1996 foi o ano de lançamento de Tickle Me Elmo brinquedo interativo do personagem de Vila Sésamo.
20th Century Studios
Mas, por outro lado, os pais da época ficaram um pouco abalados com a ideia de levar seus filhos ao cinema para assistir a um filme sobre um pai lutando para conseguir seu brinquedo de Natal e, assim provar que o Papai Noel não existe. Em outras palavras, destruindo completamente a magia do Natal entre os clássicos que destacam que o Papai Noel traz os presentes com suas renas voadoras.
É surpreendente que, na época, ninguém tenha percebido a mensagem que o filme transmite, uma crítica à hipercomercialização do Natal que, por sua vez, mostra às crianças exatamente isso: que, na realidade, a suposta “magia” é simplesmente uma confusão comercial. Sempre poderia ser pior: em 2014 foi lançado o filme Um Herói de Brinquedo 2. Mas ninguém tem motivos para falar sobre esse filme.
Edgerton falhou onde Chris Pratt acertou completamente, ganhando um lugar no Universo Cinematográfico Marvel.
Antes que as coisas piorassem para a Marvel Studios, a divisão de filmes fez muitas, muitas coisas certas. Os sucessos da Saga do Infinito foram vários, mas, sem dúvida, um deles – provavelmente um dos grandes motores da franquia – residiu no trabalho da equipe de elenco que poderíamos classificar como fantástica, e que acertou completamente na escalação de artistas como Robert Downey Jr. e Chris Evans em heróis da estatura do Homem de Ferro e Capitão América.
Sem dúvida, outra das escolhas que se traduziu em sucesso total foi conceder o papel de Senhor das Estrelas a Chris Pratt, que canalizou perfeitamente o espírito, a meio caminho entre herói e bobo da corte, do líder dos Guardiões da Galáxia. Mas, como costuma acontecer nesses casos, o super-herói teve vários pretendentes antes da chegada de Pratt, e um deles era ninguém menos que Joel Edgerton.
O ator, que podemos ver atualmente em Matéria Escura e que nos deixou atuações espetaculares em filmes como Jardim dos Desejos e O Presente, explicou no podcast Bingeworthy que aspirava a se tornar o Senhor das Estrelas e a razão pela qual perdeu o emprego, tornando o mundo “um lugar muito melhor”.
Sony Pictures Television
Joel Edgerton em Matéria Escura
“Senhor das Estrelas é um bom exemplo, na verdade, porque eu, ao contrário de Chris [Pratt], não entendi completamente o tom do filme como ele e os outros. E acho que o mundo é um lugar muito melhor, porque não sou o Senhor das Estrelas, mesmo que tivesse tido a chance ou feito um teste bom o suficiente, pois é assim que deveria ser. Nunca houve uma conversa real para que fosse eu. Acabei tendo a oportunidade de fazer um teste. Só não entendi muito bem.”
Isso não significa que pousar no Universo Cinematográfico Marvel tenha sido um mar de rosas para Chris Pratt, que confessou a Jimmy Kimmel no ano passado que optou pela estratégia para conseguir um papel de super-herói.
Marvel Studios
Chris Pratt em Guardiões da Galáxia
“Fiz o teste para todos eles. Passei por maus momentos com a Marvel. Fiz o teste para Thor, mas não para o Thor, mas para um dos coadjuvantes, e não recebi uma ligação de volta. Geralmente eles dão um certo feedback, e lembro-me do diretor de elenco dizendo: ‘Uau, você fez uma ótima escolha’. O que é um código para ‘Ei, diminua um pouco o desempenho, amigo, escalando para a Marvel novamente’”.
Mas tome cuidado, pois as aspirações de Pratt não estavam focadas em personagens com capas e máscaras. Qualquer herói de ação serviria.
“Fiz o teste para qualquer coisa que surgisse e que precisasse de um cara que se parecesse remotamente comigo. E eu mandava uma fita e eles diziam: ‘Não, não precisamos ver isso’, ou eu chegava lá e eles diziam: ‘Não, essa é a última vez.’ E não eram apenas coisas da Marvel, mas muitos personagens heroicos em vários filmes. Não eram personagens da DC, mas, você sabe, Star Trek e Avatar“.
O lendário ator e diretor opta por Robert Kincaid, embora admita que “não conheci nenhuma dona de casa italiana”.
Apesar dos recém completos 94 anos, Clint Eastwood ainda está na ativa. Ele lançará em breve Juror #2, que a priori será seu último trabalho como diretor. Mas agora nos interessa sua atribuição como ator, que começou em 1955 com um pequeno papel em Tarântula e se estende ao seu personagem de Cry Macho – O Caminho Para a Redenção, lançado em 2021.
“Nesse sentido eu era como ele”
Naturalmente, há algo de cada ator em muitos de seus personagens, mas no caso de Eastwood, ele deixa bem claro que com quem mais se parece não é nenhum de seus heróis de ação. Seu escolhido é Robert Kincaid, o fotógrafo que viveu em As Pontes de Madison, comentando o seguinte em entrevista concedida anos atrás sobre suas semelhanças com ele:
“Há muito tempo, eu costumava viajar em um caminhão como Kincaid. Durante meus primeiros dias como diretor, como quando realizei O Estranho Sem Nome, fiz isso para explorar locações, ir até a Serra, encontrar um lugar que eu gostasse e combinar de gravar lá mais tarde. Nesse sentido eu era como ele, não conheci nenhuma dona de casa italiana, mas admito que claro que tem algo de mim em Kincaid.”
Confesso que gosto do personagem. Gostei de sua independência, de sua integridade. É alguém que tem paixão pelo que faz, mas está longe de ser irresponsável. Ele trabalha por conta própria e também tem a sorte de se dedicar a uma atividade artística.
Warner Bros.
As Pontes de Madison acabou sendo um dos maiores sucessos de Eastwood, pois arrecadou 175 milhões de dólares, quando custou apenas 22 milhões. No Oscar só conseguiu a indicação de Melhor Atriz para Meryl Streep, que perdeu a estatueta para Susan Sarandon por seu trabalho em Os Últimos Passos de Um Homem.
As Pontes de Madison está disponível no catálogo do Max.
Filme de terror Thriller psicológico. Esta casa de horrores mata os seus donos! Filmes em português
“Mau impulso” é um filme que mistura elementos de Drama, Horror e Thriller para criar uma história tensa e psicologicamente intensa de medo e mistério.
Enredo:
O filme acompanha a vida de Henry Sharpe, um homem de negócios de sucesso e chefe de família que passou recentemente por um acontecimento trágico. Num esforço para proteger a sua família de potenciais perigos e preocupações, Henry decide instalar um sistema de segurança de última geração em sua casa. No entanto, em vez de se sentirem seguros, este sistema torna-se o início dos seus piores pesadelos.
Drama:
Centra-se nas relações familiares de Henry, da sua mulher e dos seus filhos. Depois de um trágico acontecimento que abala as suas vidas, a família luta para encontrar uma forma de recuperar e voltar à normalidade. Tensões emocionais e conflitos ocultos vêm à tona quando novas ameaças surgem no caminho. O drama do filme realça a fragilidade dos laços familiares e a forma como o medo e o stress podem destruir até as relações mais fortes.
Horror:
Elementos de horror são revelados quando o último sistema de segurança instalado por Henry começa a exibir propriedades sinistras. O sistema, concebido para proteger, começa a criar um sentimento de paranoia e medo. Os acontecimentos tomam um rumo assustador quando os membros da família se deparam com fenómenos inexplicáveis e são vítimas dos seus próprios medos. As forças obscuras contidas no sistema de segurança transformam a sua casa numa armadilha de terror.
Thriller:
O filme mantém um elevado nível de suspense e intriga à medida que Henry começa a aperceber-se de que há mais do que tecnologia por detrás do mais recente sistema de segurança, mas algo muito mais sinistro. Durante as suas investigações, Henry depara-se com inúmeros obstáculos e perigos que põem em risco não só a sua vida, mas também a segurança da sua família. Reviravoltas no enredo e revelações inesperadas criam uma atmosfera de thriller dinâmica e emocionante. trinianpal129
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Depois de Star Trek, Star Wars e Super 8, Abrams abandonará a ficção científica por um projeto de terror. E ele já encontrou seu ator principal.
Cinco anos depois de A Ascensão Skywalker, J.J. Abrams está prestes a retornar para trás das câmeras com um novo projeto: Acorns. Desta vez, o cineasta abandona a ficção científica para avançar em um suspense de fantasia.
A ascensão de Glen Powell
De acordo com o World of Reel, Abrams já encontrou a estrela de seu filme em Glen Powell. Aos 35 anos, o ator de físico atlético foi revelado em Top Gun: Maverick em 2022, o maior sucesso daquele ano, com 1,5 bilhão de dólares arrecadados em todo o mundo. Ele então se tornou conhecido do público em geral na comédia romântica Todos Menos Você com Sydney Sweeney.
Lançado nos cinemas em janeiro passado, o longa foi o sucesso surpresa do início de 2024, com 220 milhões de dólares arrecadados nas bilheterias globais para um orçamento de 25 milhões. Em relação ao projeto Acorns, ainda não há data de filmagem definida neste momento. Em termos de enredo, sabemos apenas que nos apresentará um casal recém-casado confrontado por uma entidade sobrenatural.
“O próximo filme de J.J. Abrams, estrelado por Glen Powell, é intitulado ACORNS e gira em torno de um “jovem casal a sobreviver contra uma entidade sobrenatural”.
Enquanto isso, poderemos encontrar Glen Powell nos cinemas em 12 de junho com Assassino por Acaso. E em 18 de julho, o ator americano será a atração principal de Twisters, sequência do filme clássico Twister, sobre tornados lançado em 1996.
Twist de novo!
Universal Pictures
Glen Powell, Daisy Edgar-Jones e Anthony Ramos em Twisters
O nativo de Austin interpretará Tyler Owens ao lado de Daisy Edgar Jones como Kate. Ex-caçadora de tornados, ela ainda está traumatizada pelo confronto com um deles quando era estudante. Agora prefere estudar o comportamento das tempestades na segurança de Nova York.
Mas quando seu amigo Javi (Anthony Ramos) lhe pede para testar um novo detector de tornado, ela concorda em voltar ao centro da ação. Kate então conhece o charmoso e imprudente Tyler Owens, famoso por seus vídeos de perseguição a tornados postados nas redes sociais. À medida que a temporada de tempestades atinge o seu pico, ciclones de magnitude sem precedentes colocam vidas em risco.
Produção vencedora do Oscar deve ser exibida nesta semana.
Há quase dez anos, a Pixar lançou um dos filmes mais instigantes de seu robusto catálogo. Conhecido por apresentar temas e estruturas complexas de forma inovadora, Divertida Mente se tornou uma referência cinematográfica ao falar sobre a mente humana de maneira lúdica.
A trama acompanha Riley, uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota, para viver em San Francisco.
Dentro do cérebro da garota, convivem várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria, que se esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja sempre feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que ela e Tristeza sejam expelidas para fora do local.
Agora, elas precisam percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos de Riley para que possam retornar à sala de controle – e, enquanto isto não acontece, a vida da garota muda radicalmente.
Vencedor do Oscar 2016 de Melhor Animação e indicado na categoria de Melhor Roteiro, o filme ganhará uma sequência nas próximas semanas. Para relembrar o público dessa grande jornada emocional, a TV Globo vai exibir o projeto na Sessão da Tarde desta semana.
Com o intuito de embalar o fim de semana, o projeto avaliado com 98% de aprovação no Rotten Tomatoes vai ao ar na próxima sexta-feira, 07 de junho, a partir das 15h25.
Qual é a história de Divertida Mente 2?
Pixar
Com um salto temporal, Riley agora se encontra mais velha, passando pela tão temida puberdade. Junto com o amadurecimento, a sala de controle mental da jovem também está passando por uma demolição para dar lugar a algo totalmente inesperado.
As já conhecidas, Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, que há muito tempo administram uma operação bem-sucedida, não têm certeza de como se sentir quando novos inquilinos chegam ao local, a Ansiedade, a Inveja, a Vergonha e o Tédio.
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O retorno à diversão da velha guarda protagonizado por Chris Pine, Zachary Quinto e Zoe Saldana.
A Hollywood de hoje geralmente almeja ir além em termos econômicos. Ela até precisa. Mais investimento, mais desperdício, mais franquias para obter mais lucro. E quando algo sai do que se espera que seja um círculo vicioso que nem sempre é cumprido, o pânico se instala. Mas há muitas razões pelas quais um filme pode ficar aquém do esperado, mesmo que seja bom.
Esse é perfeitamente o caso de Star Trek: Sem Fronteiras, uma sequência subestimada da grande franquia de ficção científica. O terceiro filme do remake iniciado em 2009, que contou com Chris Pine, Zachary Quinto e Zoe Saldaña no elenco, e que dessa vez foi dirigido por Justin Lin. Hoje, essa proposta sensacional pode ser vista no serviço de streaming Paramount+.
A USS Enterprise, a nave principal da Frota Estelar, retorna ao universo para proteger a Terra e os planetas aliados em nome da Federação Unida de Planetas. Liderada pelo Capitão James T. Kirk, a tripulação do cruzador de batalha enfrentará novos perigos que abalarão sua paz de espírito.
Paramount Pictures
Com a nave praticamente destruída após um ataque pesado e sem meios de se comunicar, a equipe precisa enfrentar um novo inimigo feroz, Krall, que pertence a uma espécie alienígena avançada. Para impedir os planos cruéis do vilão, Kirk terá de reunir seus colegas de equipe e usar todo o seu potencial e recursos para resolver uma série de desafios. Enquanto tentam encontrar um caminho de volta à Terra, eles lutarão para cumprir sua missão de proteger o futuro da raça humana e preservar a harmonia entre as espécies.
Com J.J. Abrams passando para a competição galáctica com Star Wars: O Despertar da Força, a trilogia que ele iniciou precisava de novas mãos no comando. A tarefa coube a Justin Lin, que havia feito um trabalho fantástico conduzindo a franquia Velozes e Furiosos a um enorme sucesso, do qual ele se distanciou para fazer esse filme.
Explorando o desconhecido
Portanto, Star Trek: Sem Fronteiras tem uma sensação menos autoindulgente e séria do que seu antecessor e tenta recapturar uma sensação muito clássica da franquia. Aqui há um espírito aventureiro em ação, com contato com diferentes raças alienígenas, um problema para resolver com a nave e outro para resolver na civilização indígena do planeta desconhecido.
O filme também faz um bom trabalho ao desenvolver os personagens que foram tão bem repensados nas edições anteriores, além de elaborar as relações entre eles. O resultado é uma diversão fabulosa, visualmente espetacular e com um senso de admiração que nunca é demais. Sem dúvida, apesar de ter ficado aquém das expectativas comerciais (faturou menos que seu antecessor), merece uma sequência que já é adiada por quase uma década.
Os gêneros cinematográficos, tal como a energia, não são criados nem destruídos, apenas transformados. Estes rótulos, que nos dão uma ideia geral das características de uma produção sem ter que vê-la, apesar de serem geralmente concisos e eficazes, estão muitas vezes sujeitos a mutações inesperadas que dão origem a criações tão surpreendentes quanto difíceis de classificar, e a joia que falaremos a seguir demonstra isso perfeitamente.
É curioso que em 2021, quando foram lançados filmes como O Mensageiro do Último Dia e Noite Passada em Soho, um dos melhores filmes de terror do ano foi colocado dentro da caixa imprecisa e vaga do “drama”. Mas que isso não suscite desconfiança, Meu Pai, dentro da natureza cotidiana do seu universo e da simplicidade da sua conhecida premissa, continua a ser uma das experiências mais avassaladoras que podemos trazer aos nossos olhos.
Fazendo sua brilhante estreia na tela grande, o dramaturgo Florian Zeller adaptou sua própria peça em linguagem cinematográfica para explorar os cantos mais sombrios da demência senil em 97 minutos devastadores. Uma experiência única que transforma o que poderia ter sido mais um retrato emocionante, num exercício de terror polanskiano, engarrafado num apartamento sufocante convertido num antagonista involuntário.
Se algo surpreende em Meu Pai é a forma como Zeller, com uma longa carreira no teatro e no mundo literário, poderia passar por um cineasta experiente a julgar pelo seu excelente trabalho de câmera, planejamento e encenação, pilar essencial para a visão visual mergulhar na mente do protagonista da história: um homem doente que sofre os efeitos da desorientação, da mudança de espaços e das inconsistências temporais.
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Com praticamente o mesmo peso específico (se não mais) do trabalho do realizador, a montagem de Yorgos Lamprinos revela-se a arma diferenciadora do filme. Através do corte, o grego não só confere ao longa um ritmo implacável, como também o aproxima do já citado gênero de terror, construindo uma atmosfera irrespirável às custas de um andamento e contrapontos impróprios dos dramas mais convencionais.
Stephen Sommers acredita que a equipe da Universal falhou no que era simplesmente uma questão de cortesia profissional.
Quando a Marvel lançou a primeira pedra de seu Universo Cinematográfico com Homem de Ferro em 2008, poucos pensavam que seu projeto ultrapassaria três décadas de vida. O sucesso do plano de Kevin Feige e da empresa tem sido incrível e, como já sabemos como Hollywood funciona, é completamente lógico que, em todo esse tempo, muitos estúdios tenham aderido ao movimento das narrativas compartilhadas entre vários títulos.
A tentativa maior de reunir os monstros icônicos de seu catálogo em um universo para a tela grande falhou desde seu péssimo ponto de partida. Uma reinvenção de A Múmia liderada por Tom Cruise e dirigida por Alex Kurtzman encerrou sua exibição nos cinemas de todo o mundo com discretos 400 milhões de arrecadação, insuficientes para dar continuidade ao projeto.
Mas se o público não gostou muito dessa reviravolta no clássico, Stephen Sommers, diretor de A Múmia, de 1999, estrelado por Brendan Fraser, não ficou muito feliz com o fato de a Universal ter lançado o longa-metragem sem sequer entrar em contato com ele. Isso foi explicado em entrevista ao THR.
Eu me senti um pouco insultado porque os roteiristas e o diretor [Alex Kurtzman] daquele filme de Tom Cruise nunca me contataram. Eu entro em contato com as pessoas se vou assumir algo de outra pessoa, é uma espécie de criação minha. Eu não queria impedi-lo, então ajudei a produzi-lo. Mas não tive nada a ver com Tom Cruise. Eles nunca me contataram ou me ligaram, acho que seria educado.
Críticas entusiasmadas e duas indicações ao Oscar são motivos suficientes para assisti-lo, pois ele merece o maior público possível.
Posso apresentar? O nome dela é Julie (Renate Reinsve). Ela fuma, fala abertamente sobre sexo, bebe muito álcool e se sente desconfortável perto de crianças estranhas. Mas quando se sente feliz, livre e se divertindo, em sua mente ela tem poderes mais impressionantes que o protagonista de Matrix, Neo (Keanu Reeves). Ela é: A Pior Pessoa do Mundo.
O filme sobre Julie, que transcende as fronteiras do gênero, já emocionou muitos espectadores. Hoje, a audiência pode voltar a aumentar significativamente, pois está disponível no Prime Video.
A Pior Pessoa do Mundo, de Joachim Trier, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional e Melhor Roteiro Original. Eis por que vale tanto a pena ver a dança do amor, do sofrimento, das drogas, das escapadas sexuais, das provações e tribulações.
Julie acredita que todas as portas estão abertas para ela e salta de plano de vida em plano de vida. Então ela se apaixona pelo autor de quadrinhos, Aksel (Anders Danielsen Lie), que é dez anos mais velho que ela, e sente as expectativas daqueles que o rodeiam. Tendo abandonado os estudos e assumindo uma postura defensiva contra a ideia de ter filhos, Julie é completamente incapaz de se integrar ao círculo de amigos e familiares de Aksel.
Quando se mistura com uma festa de casamento que é completamente estranha para ela e conhece o charmoso e descontraído, Eivind (Herbert Nordrum), ela tem que decidir: será que Julie provará ser volátil novamente ou seguirá o caminho que escolheu desta vez?
O título do filme causou irritação repetidamente. Embora Julie tome decisões controversas, ela dificilmente se apresenta como a pior pessoa do mundo nesta mistura de rommom, anti-romcom, tragicomédia, humor negro e uma história de vida capturada magicamente. Mas como explicou Trier, que escreveu o roteiro junto com Eskil Vogt:
Na Noruega, sua terra natal, as pessoas se autodenominam as piores pessoas do mundo se tomam uma decisão difícil ou egoísta. Neste país, por exemplo, alguém poderia ter usado “Uau, sou realmente impossível!” Um título que nos coloca imediatamente no lugar de Julie. Sapatos desconfortáveis que todos nós já usamos, quiséssemos ou não.
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Muito especial e, portanto, bem conhecido
Os vinte e tantos e trinta e poucos anos de Julie são uma confusão selvagem de ideias de longa ebulição, saltos e limites e consequências inesperadas. Acontece entre discursos cômicos de defesa de escândalos, explorando quebras de confiança e luto pela traição vivida: Julie se sabota. Fazendo as coisas que são certas para ela, mesmo que ninguém permita. Ela corre, tropeça e desliza em sua felicidade – se não se defender com garras e dentes.
Renate Reinsve interpreta Julie com um carisma brilhante e uma renúncia gelada à necessidade de agradar. Julie age, vibra e sonha de tal maneira que nos encontramos em cenas que nada têm a ver com nossa vida. Às vezes, tudo sobre A Pior Pessoa do Mundo parece estranho.
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É um sentimento quase universal ver as reações ao filme. Às vezes aplaudimos e condenamos Julie porque ela é muito parecida conosco, às vezes por estar muito distante de nós. Ou nos lembra de pessoas que a vida nos apresentou. Enquanto isso, permanece imprevisível qual reação ocorrerá, quando e por quê.
O segredo do seu sucesso é que A Pior Pessoa do Mundo não tenta explicar o sentimento de uma geração inteira. Em vez disso, ele demonstra isso usando um exemplo fictício e autêntico. Julie pertence a uma geração (parcial) que está sobrecarregada pela multiplicidade de opções, mas é esmagada pelas rígidas expectativas daqueles que a rodeiam. Contudo, Julie não é um compêndio complicado dessas experiências. Ela é sua própria mulher.
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Ela oscila entre exemplar, invejavelmente autodeterminada, egoísta e ilusória. Que se sente em casa, consistente e bem fundamentado ao longo do filme. Até que isso se transforme no oposto. Tudo isso porque a produção se adapta: a jornada de Julie rumo à segurança através da espontaneidade, erros e distrações às vezes parece discretamente documental. Depois é envolto no brilho elegante de uma comédia romântica elaborada e de alta classe. Então, Julie caminha pelo tempo congelado como se fosse a irmã mais capaz de Neo. E uma viagem de drogas torna-se uma onda surreal de imagens – com um efeito paradoxalmente fundamentado.
A Pior Pessoa do Mundo às vezes é mais verdadeiro que a realidade, às vezes mais fabuloso que um conto de fadas. Condução, implementada de forma tão proposital que é harmoniosa. Um filme como sua personagem principal Julie. E Julie é impossível! Assim como você e eu.
Antes de Leonardo DiCaprio entrar em mentes para realizar truques em A Origem, Jennifer Lopez desbravou um assassino psicopata.
Muitas vezes é esquecido que Jennifer Lopezé mais do que manchete de tabloide, estrela da música pop e atriz de comédia romântica. Lopez teve algumas de suas atuações mais fortes no cinema de suspense – e aí seu espectro varia de uma tensão suavemente formigante, como em Irresistível Paixão, até um thriller psicológico pesado. Único, Lopez foi capaz de combinar suas qualidades de performance com seu carisma magnético como um ícone de estilo – tudo em meio a uma visão visualmente poderosa e estressante.
No suspense psicológico de serial killer, A Cela, que também contém elementos de terror de ficção científica, Jennifer Lopez assume o papel de uma psicóloga experimental e investiga o intelecto obscuro e intrincado de um assassino maníaco. Se preferir, Lopez antecipou em dez anos a jornada de A Origem de Leonardo DiCaprio na arquitetura de uma mente. Hoje, você pode alugar ou comprar a produção no Prime Video ou Apple TV.
Vale dizer que há uma versão do diretor com alguns minutos a mais em blu-ray.
A Cela: Mundos de suspense fortes na psique de um serial killer
O serial killer Carl Stargher (Vincent D’Onofrio) é especialista em vítimas jovens do sexo feminino, que ele primeiro tortura brutalmente, antes de matá-las. Quando o agente do FBI Peter Novak (Vince Vaughn) o rastreia, não há dúvida de qual é sua principal prioridade: Novak deve descobrir onde Stargher está mantendo sua última vítima.
Mas o assassino entra em coma antes que esta informação importante possa ser extraída dele, e o tempo está passando: se a sequestrada não for descoberta nas próximas 40 horas, ela se afogará em agonia em um dos dispositivos de seu sequestrador. Assim, o FBI recorre à psicóloga Catherine Deane (Jennifer Lopez), que utiliza uma técnica experimental para adentrar no subconsciente de pacientes em coma. No entanto, o mundo brutal de pensamentos de Stargher não é algo com que se possa brincar.
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Não importa se em A Cela ou em seus filmes posteriores como Dublê de Anjo: o ex-diretor de videoclipes e publicidade, Tarsem Singh representa uma enxurrada de imagens nas quais elementos surreais e o esplendor do figurino colidem. Singh também é um profissional que valoriza a atmosfera e o fluxo de sua estética imagem-som como mais importante do que um enredo rigoroso e fácil de seguir.
The Cell, no original, é o melhor de Singh. O diretor orquestra uma luta fascinante entre a violência pervertida que Stargher pratica e o mundo hipnótico de sonhos que Deane explora. Embora a realidade em A Cela seja fria e austera, o mundo do pensamento consiste em fantasias exuberantes que se baseiam em inúmeras épocas da pintura, arquitetura e moda para se combinarem para criar um pesadelo igualmente desconfortável e fascinante, em algum lugar entre sedutor e perturbador.
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A maquiagem excêntrica que dá vida às criaturas sinistras rendeu a A Cela uma indicação ao Oscar, e o design de produção atinge um equilíbrio memorável entre o caos estético e a excentricidade coerente. No entanto, os figurinos são o elemento artesanal mais forte do longa: eles são ao mesmo tempo valor de exibição e elemento de história.
Enquanto a ex-estilista do Nine Inch Nails, April Napier, projetou a realidade funcional, quase padronizada, da qual a figura de Lopez se destaca sutilmente com toques suaves de cor, Eiko Ishioka (Drácula de Bram Stoker) criou a moda dentro da psique assassina. Lá, Deane paradoxalmente se destaca por estar vestida de maneira relativamente discreta: corte modesto em cores amigáveis e discretas.
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Mas aos poucos ela se submete às leis exaltadas que segue a psique de seu perigoso paciente. Suas roupas ficam mais ostensivas, irreais e atraentes. Se Stargher está em vantagem no cabo de guerra entre o bem e o mal, Deane está trajada em vestes rígidas que quase a deixam sem fôlego. Se ela estiver em vantagem, se envolve em roupas orgulhosas e lisonjeiras ou até mesmo em tecidos lascivos.
Lopez mantém tudo sob controle, e não apenas porque sabe exatamente como ativar e desativar sua aura de modelo. Mas também porque cria uma interação entre ela e os figurinos fabulosos: os designs de Napier e Ishioka assumem grande parte da narrativa para Singh e parte do gerenciamento de personagens para Jennifer. Mas a atriz não usa apenas os figurinos, mas infundir-lhes vida e caráter é crucial para torná-los bem-sucedidos como seus colegas de elenco.
E por último, mas não menos importante, não se deve esquecer: é um talento não desaparecer nem parecer fora do lugar ou ser a gota d’água no meio de uma rebelião quase orgástica de viagem no tempo da era da arte, simbolismo religioso e aristocrático e exagero operístico. Jennifer Lopez encontra exatamente o meio-termo estreito que Singh lhe permite fazer justiça à sua visão teatral.