(Imagens: Getty Images)

O cineasta estadunidense David Lynch, uma das mentes mais criativas e enigmáticas do cinema, morreu nesta quinta-feira (16), aos 78 anos, vítima de um enfisema. A informação foi confirmada por sua família em nota nas redes sociais (via Variety).

Diz a nota:

“É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos o falecimento do homem e artista, David Lynch. Gostaríamos de ter um pouco de privacidade neste momento. Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco.’ É um lindo dia com sol dourado e céu azul por todo o caminho.”

Lynch revelou em 2024 que havia sido diagnosticado com enfisema após fumar por boa parte da vida. Ele complementou afirmando que, por conta do diagnóstico, provavelmente não conseguiria mais sair de casa para trabalhar em seus projetos. Seus trabalhos eram conhecido por seu estilo surrealista e por sua atmosfera onírica, frequentemente inserindo elementos de fantasia, suspense e terror em cenários cotidianos através de mistérios desconcertantes.

O catálogo de Lynch é extenso, indo de clássicos como “Veludo Azul” e “Cidade dos Sonhos” a obras mais controversas, como sua versão de “Duna” de 1984. Em 1990, Lynch desenvolveu a icônica série “Twin Peaks” junto a Mark Frost, que durou duas temporadas e teve sua conclusão apenas em 2017, com o revival “Twin Peaks: O Retorno“. Este acabou por ser o último trabalho de Lynch como diretor, enquanto sua última participação em longas-metragens foi como ator em “Os Fabelmans”, de Steven Spielberg, no qual Lynch tem uma breve participação no papel do cineasta John Ford. Quatro vezes indicado ao Oscar, Lynch recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra em 2020.

David Lynch deixa quatro filhos: Jennifer, Austin, Riley e Lula.

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