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Evil – Crítica da 4.ª temporada


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A 4.ª e última temporada de Evil confirmou aquilo que já se vinha a sentir ao longo da série: é uma verdadeira pérola escondida. Nunca foi uma série que fizesse grande alarido e acredito que muita gente nem sabe que existe, mas quem a viu, sabe que valeu cada minuto. Não há nenhuma série que me faça sequer lembrar de Evil e, considerando o volume de produções que tenho acompanhado e que têm saído, isso diz muito.

O que torna Evil especial é que, além de todas as suas pequenas particularidades, ao contrário de muitas séries que perdem força, esta foi crescendo de forma constante. Apeguei-me cada vez mais, temporada após temporada, até culminar nesta última fase que, apesar de ter sido um pouco apressada, conseguiu amarrar as pontas soltas de forma satisfatória. Sim, o fim foi corrido, mas foi devido a uma decisão de última hora para fechar a série com quatro episódios extra. Mesmo assim, não me queixo, porque pelo menos deram um fim a uma história que merecia ser concluída.

Nesta 4.ª temporada de Evil, o foco na ciência foi particularmente interessante, especialmente para o personagem Ben (Aasif Mandvi). Ver um cientista convicto, que sempre teve certezas, finalmente começar a questionar aquilo em que acreditava foi uma delícia de acompanhar. Essa crise de fé científica trouxe uma evolução natural a Ben e mostrou que até ele, tão racional, estava a ser desafiado pelo inexplicável.

Aliás, se há algo que esta série fez de forma brilhante foi a construção dos seus personagens. Cada um tem a sua essência bem definida, mas todos tiveram espaço para crescer. A série nunca nos passou a ideia de que as suas posições eram estanques, fossem elas sobre o sobrenatural, religião, ciência ou fé. Evil é rica porque trata todos esses temas, mas sempre com uma abordagem muito própria, sem forçar respostas ou inclinar-se para um dos lados. Muitas vezes, somos deixados sem uma explicação definitiva e isso só a torna mais interessante. Ao contrário de Supernatural, que fechava o ciclo em cada episódio, aqui ficamos com uma série de questões e a sensação de “o que é que acabei de ver?”. E essa sensação era viciante.

Nesta última temporada, tivemos finalmente mais profundidade na mitologia da série. Descobrimos mais sobre o grande mal que pairava desde o primeiro episódio e vimos arcos poderosos como o de redenção de Sheryl (Christine Lahti) e de perdição de Andy (Patrick Brammall). A série nunca nos deixou esquecer que até os mais perdidos podem ser salvos e que nem todo o bem vem de um lugar puro. Há sempre luz na sombra e sombra na luz.

Outro aspeto que Evil fez de forma sublime foi encaixar os grandes debates do século XXI sem nunca se desviar da sua essência. Misoginia, racismo, xenofobia, novas tecnologias, alterações climáticas, tudo isso foi abordado, mas de forma subtil, sem comprometer o tom da série. E nesta última temporada, as coisas ficaram ainda mais loucas, mas uma loucura interessante, não apenas para chocar como fizeram em 30 Monedas, por exemplo. Voltámos a ver a história dos sigilos, das famílias demoníacas, cada vez mais demónios a surgir, a ameaça do anticristo a tomar forma e como tudo isso se conectava a Kristen (Katja Herbers) e à sua família.

O final, aquele final… Foi, no mínimo, uma representação perfeita do que Evil sempre foi: simples, mas absurdamente estranho, com aquele humor mórbido retorcido que nunca se compromete com uma resposta definitiva. Foi um final meio em aberto, mas que fechou muito bem esta viagem única.

No fundo, gostei bastante desta 4.ª temporada de Evil. Vou sentir falta da dinâmica entre os três protagonistas, Kristen, David (Mike Colter) e Ben, do caos da casa de Kristen com as quatro filhas, das falhas dos planos do vilão, das batalhas da freira Andrea (Andrea Martin) com os seus demónios, da tensão entre Kristen e o padre David, até das loucuras do psiquiatra Boggs (Kurt Fuller). No entanto, saio satisfeito com o fim. Não arrastaram a série até à exaustão, como fazem muitas atualmente, livrando-nos desse mal.

Hoje, pelas 22h10, é emitido o último episódio da série no canal TVCine Emotion.

Melhor episódio:

Episódio 10 – How to Survive  Storm – De todos os episódios, este foi sem dúvida o mais marcante, muito provavelmente porque, inicialmente, estava previsto ser o final de temporada. E é aqui que a tempestade chega em toda a sua força. As nuvens negras, que se vinham acumulando ao longo da temporada, desabam com um dilúvio de reviravoltas intensas e perdas que deixam cicatrizes profundas, difíceis de sarar. Ao mesmo tempo, também houve um toque de justiça divina, que trouxe uma sensação de equilíbrio, mesmo que breve. Este episódio manteve-nos na ponta do sofá do início ao fim, com uma tensão constante, cada cena mais imprevisível do que a anterior.

Personagem de destaque:

Kristen Bouchard (Katja Herbers) – Nesta temporada, foi difícil escolher um personagem favorito. Ben evoluiu bastante e a freira Andrea ganhou destaque, mas a protagonista Kristen foi a que mais brilhou. Constantemente posta à prova, enfrentou tudo o que lhe foi atirado, lidando com as adversidades da melhor forma possível. O que a torna tão interessante é o seu realismo: não é uma mulher ou mãe perfeita, mas é precisamente essa imperfeição que lhe dá profundidade. Ela resistiu a todos os desafios, tanto da vida quanto do Dr. Leland (Michael Emerson), e soube agir com resiliência, tornando-a uma personagem bastante interessante.

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