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Diretor disse que um de seus maiores sucessos transforma armas em fetiche.
Todos nós mudamos com o tempo – incluindo os diretores de cinema. Para James Cameron, por exemplo, o passar dos anos lhe trouxe a certeza de que, hoje em dia, ele escolheria não lançar dois de seus maiores filmes: O Exterminador do Futuro e a sequência, O Julgamento Final.
Hasta la vista, Schwarzenegger
É fato que o filme de 1984 ajudou a lançar o nome de Cameron na indústria, mas o diretor se arrepende da trama porque, como explicou durante uma masterclass em Paris, hoje em dia tem uma opinião diferente sobre armas. “Vejo alguns dos filmes que fiz e não sei se gostaria de fazê-los novamente agora. Não sei se gostaria de fazer da arma um fetiche, como fiz em alguns filmes de O Exterminador do Futuro há mais de trinta anos. O que está acontecendo com as armas em nossa sociedade me deixa doente.”
O que não imaginávamos é que justamente a violência bruta do filme nasceu, em parte, após o encontro do diretor com Arnold Schwarzenegger. “Enquanto Arnold falava, olhei para seu rosto, tão único, com uma vontade indomável em suas feições, quase uma realidade brutal. Eu literalmente reescrevi a história na minha cabeça enquanto conversava com ele.”
Todos nós sabemos o resultado. De qualquer forma, não é a primeira vez que Cameron se arrepende de algum de seus trabalhos – aliás, o diretor cortou dez minutos de Avatar: O Caminho da Água por conta de uma crise de fé. Ele pode não se orgulhar dos filmes, mas, inegavelmente, são dois de seus melhores e mais icônicos trabalhos até hoje. Verdadeiras obras-primas de ficção científica e ação.
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