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Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra | Crítica


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Assim que o curta de 1928, Steamboat Willie, com Mickey Mouse, entrou em domínio público, era previsível que algum cineasta independente tentaria transformá-lo em um filme de terror. Infelizmente, Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra não funciona e a estreia desse conceito não fez jus ao potencial, resultando em um slasher entediante e sem alma.

A trama acompanha Alex (Sophie McIntosh), funcionária de um parque de diversões, que, durante sua festa surpresa de 21 anos, é trancada no local com amigos e perseguida por um assassino mascarado. A vilania, supostamente inspirada por Mickey Mouse, é desencadeada quando um personagem, interpretado por Simon Phillips, assiste a Steamboat Willie e é “possuído” por um espírito homicida. Essa conexão, porém, é superficial e não passa de uma desculpa para inserir um homem com máscara de Mickey caçando jovens em cenários pouco inspiradores.

O roteiro de Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra, assinado por Jamie Bailey, se perde em flashbacks desnecessários e uma narrativa confusa. Chippy, uma gótica interpretada por Mackenzie Mills, tenta recontar os eventos do massacre a dois policiais céticos, mas até mesmo o suspense sobre a identidade do assassino é destruído logo no início. As cenas de interação entre os personagens – que envolvem clichês como atletas, amigos maconheiros e possíveis romances – são arrastadas e desconexas, tornando difícil qualquer conexão com os protagonistas.

Divulgação

Um dos grandes problemas de Mouse Trap é sua incapacidade de usar o material de origem para criar algo interessante. Ao contrário de filmes como Winnie-the-Pooh: Blood and Honey, que pelo menos entregaram sátiras criativas, este filme falha em trazer qualquer crítica ou humor ácido. Nem mesmo o potencial de transformar Mickey em um símbolo de horror é aproveitado, limitando-se a algumas referências visuais genéricas e mal exploradas.

Embora Mackenzie Mills tenha um pouco de carisma em seu papel e algumas falas apresentem certo humor, isso não é suficiente para salvar o filme. A produção é tão desleixada que até mesmo o conceito inicial parece desperdiçado. No final, Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra não entrega diversão nem sustos, e apenas reforça o cinismo presente na indústria cinematográfica atual.

Se você está em busca de um terror criativo ou uma sátira inteligente, este não é o filme. Com Popeye entrando em domínio público em 2025, resta torcer para que futuros projetos inspirem-se em ideias melhores – ou talvez em um pouco de espinafre.

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