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Pretty Little Liars: Summer School – Crítica da 2.ª Temporada


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Pretty Little Liars: Summer School regressou com a sua 2.ª temporada, já completa disponível na Max, mas infelizmente, ao invés de consolidar os acertos da primeira temporada, acabou por desiludir. O que era uma série fresca e renovada, transformando-se de uma típica série teen para um intrigante slasher, perdeu-se nesta nova leva de episódios, mergulha em clichés e desaponta quem, como eu, estava à espera de muito mais.

Um dos poucos aspetos que manteve algum mérito foi o mistério em torno da identidade do assassino. Este elemento conseguiu prender a atenção e oferecer um pouco da tensão que se esperava. No entanto, mesmo este ponto alto foi insuficiente para salvar a temporada das suas outras falhas.

As atuações foram, no máximo, medíocres. O carisma e a autenticidade que alguns personagens apresentaram na primeira temporada desapareceram, dando lugar a performances desinspiradas. Os novos personagens introduzidos serviram apenas como suspeitos descartáveis, sem profundidade ou propósito real para além de confundir o público e ainda arruinaram alguns com potencial da 1.ª temporada, transformando praticamente todos os personagens masculinos num estereotipo.

A revelação das motivações do serial killer no episódio final foi, no mínimo, ridícula. O desenvolvimento da trama e das razões por trás dos assassinatos não convenceu, parecendo forçado e mal pensado. Isso tirou toda a credibilidade que um bom slasher necessita para manter o suspense e o interesse do público.

Outro dos maiores problemas desta temporada foi a ausência de um sentimento real de perigo. Em qualquer boa sequela, especialmente num género como este, é crucial que o público sinta que ninguém está seguro. No entanto, ao manter as cinco final girls em situações limite, mas sem nunca em real ameaça, a série falhou em criar essa tensão necessária. Para que o perigo fosse palpável, uma morte significativa deveria estar sempre a pender sob as nossas cabeças, elevando o nível de ameaça do assassino.

A série tentou ser meta, emulando o estilo de Scream, e ao mesmo tempo procurou ser woke, promovendo crítica social, como Run. Contudo, falhou redondamente em ambos os objetivos. Ao tentar equilibrar esses elementos, acabou por não fazer justiça a nenhum dos dois, resultando num produto final desarticulado e confuso. É verdade que uma série é uma maratona, tendo mais horas para desenvolver a história, portanto não é diretamente comparável, no entanto até esse aproveitamento de tempo útil para montar o enredo foi desperdiçado em tramas paralelas sem agravo nem consequência.

Pretty Little Liars: Summer School teve a oportunidade, nesta 2.ª temporada, de construir sobre os sucessos da primeira temporada, mas acabou por dar um passo atrás. Com atuações fracas, personagens superficiais, uma trama desinteressante e uma falta de tensão real, não só falhou em acrescentar algo novo, como também prejudicou o que tinham construído de bom. Dada a qualidade desta entrega, é difícil ver como a série poderia justificar uma terceira temporada. A necessidade de uma trilogia, tão típica deste género, parece agora desnecessária, não conto nem espero com uma renovação, a machadada final foi dada.

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