The Better Sister – Crítica da Minissérie

Mesmo sendo um género que não traz muito de novo, os dramas criminais costumam cativar-me e ainda mais quando têm protagonistas femininas e envolvem dinâmicas entre irmãs. The Better Sister é aquele tipo de minissérie que é difícil de parar de ver: há sempre coisas a acontecer e parece que o ritmo nunca abranda. Sentimo-nos rapidamente envolvidos nas histórias das personagens e Jessica Biel e Elizabeth Banks, como protagonistas, são as principais responsáveis por isso. Se conheço bem o trabalho de Banks, o mesmo não podia dizer de Biel, mas desde o primeiro episódio que fiquei convencida do seu talento enquanto atriz. Há algo na sua voz que também é extremamente cativante!

The Better Sister, como qualquer história que se preze do género, tem imensas reviravoltas e quando chegamos ao fim descobrimos uma infinidade de segredos e podres sobre os personagens. Não adoro isto, mas as pessoas ricas são especialistas em ter telhados de vidro. No entanto, os segredos estão reservados a todos os personagens, basicamente sem exceções.

Quando se vê muitas séries destas, acho que uma pessoa desenvolve uma espécie de sexto sentido e por isso mesmo já estou programada para questionar a veracidade de muitas das coisas que nos apresentam como factos. E aqui refiro-me a questões que vão além de se ser culpado ou inocente de um crime. Algumas coisas são simplesmente desprezíveis em termos morais. Há pessoas cujas mortes não merecem lágrimas!

A investigação policial, no entanto, está cheia de lacunas. Isto dá-me uma certa satisfação devido à arrogância de Nan, mas a verdade é que acabei por me afeiçoar à personagem e também gostei bastante da sua dinâmica com o parceiro, Matt Bowen. Têm uma relação engraçada com a qual me consigo identificar. No entanto, a série não seria metade do que é sem a química de Biel e Banks. A ligação entre as irmãs agarra-nos ao ecrã do princípio ao fim. Juntas, proporcionam-nos alguns dos momentos mais emotivos. Ao início, Chloe é muito contida e Nicky é expansiva em todos os aspetos, mas vemos Chloe transformar-se na presença da irmã mais velha. Os flashbacks oferecem-nos um importante contexto sobre o seu passado, mas achei em demasia as conversas com pessoas mortas. A outra estrela da série é Maxwell Acee Donovan, que dá vida a Ethan. Mesmo quando o jovem é acusado de matar o pai, há nele qualquer coisa que nos faz sentir vontade de o proteger. Mesmo que tenha Chloe e Nicky do lado dele.

Vale a pena ver, mas lembra-te: não acredites em tudo sem questionar.

Melhor episódio:

Episódio 2 – Nicky, mais habituada a lidar com problemas com a justiça, tem a esperteza que escapou a Chloe de querer um advogado. Adorei vê-la a correr com os detetives da casa da irmã e grande parte dessa satisfação prende-se com Nan Guidry, que passa os limites do razoável em vários momentos e precisa que a ponham no lugar. De uma forma passivo-agressiva, mas com o seu lado de cómico, é meio adorável ver as irmãs a pegarem-se e isso, não sei porquê, faz-me pensar que a relação delas pode salvar-se. Depois, foi deprimente ver as duas a lidarem com Ethan a ser preso, mas nada se compara à cena pesada em que Nicky e o filho, ainda bebé, quase morreram afogados na piscina. É levantado um pouco do véu em relação ao passado das irmãs e começamos a perceber melhor porque se afastaram. É um episódio muito bom em termos de drama, mas que também consegue ser interessante no que diz respeito à investigação do homicídio de Adam.

Personagem de destaque:

Nicky Macintosh (Elizabeth Banks) – Gostei de Nicky logo desde o início. Tenho um fraquinho por personagens messed up e todo o historial da personagem torna-a bastante interessante. Não vou fingir que o facto de ser interpretada por Banks, uma atriz de quem gosto bastante, não possa toldar a minha opinião, mas Elizabeth dá uma entrega à personagem que a torna extremamente humana, seja no pior ou no melhor de Nicky.

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